PI - Censo revela que sobram 400 vagas em universidade públicas no Piauí

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
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Todos os anos, os vestibulares promovidos pelas Universidades Federal (UFPI) e Estadual (Uespi) do Piauí se superam no número de inscritos. São milhares de estudantes em busca da tão sonhada vaga na rede pública de ensino superior. Entretanto, muitas dessas vagas oferecidas continuam sem preenchimento. Em 2009, por exemplo, foram quase 400 que ficaram sem receber matriculas.

O número é do mais recente Censo do Ensino Superior, divulgado ontem pelo Ministério da Educação (MEC), e representa 3,6% do total de vagas públicas oferecidas pelas duas instituições de ensino superior no Piauí. A maior parte da ociosidade está na UFPI, onde estão mais de 90% das vagas não preenchidas naquele ano. Já nos Institutos Federais, que também oferecem curso superior, as matriculas ultrapassam o número de vagas.

No entanto, a taxa de ociosidade é ainda maior na rede privada do Piauí, onde sobraram 60,4% das quase 20 mil vagas abertas em 2009. A maioria das instituições tem autonomia para ampliar vagas e abrir novos cursos, mas a maior parte acaba não sendo preenchida. O censo também mostra queda no número de matrículas em cursos particulares, foram 11 mil a menos que em 2008. Ainda assim, os alunos das privadas representam 43,6% do total.

Mas, a ociosidade de vagas, principalmente na rede pública superior, não é exclusividade do Piauí. No país todo sobraram naquele ano 39,5 mil vagas, sendo 9,8 mil delas só em São Paulo. Segundo Milton Linhares, membro do Conselho Nacional de Educação (CNE). "Dificilmente sobram vagas nos cursos mais elitizados, como Medicina, Direito. Talvez, grande parte das vagas não preenchidas esteja nas licenciaturas e Pedagogia", explica. 

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