Por volta de 1888, Mevil Dewey empregava a denominação `bibliotecário de referência`, mas a prestação desse serviço específico não era ainda uma função universalmente aceita para a biblioteca pública, o que só veio a acontecer nos primeiros anos do século XX. O desenvolvimento do serviço de referência nas bibliotecas universitárias do Estados Unidos deu-se de modo constante, embora não espetacular, recebendo um grande impulso, com a nova tendência do ensino superior favorável ao `estudo da pesquisa´, com os professores estimulando os alunos a lerem bastante.
Talvez algum dia, ao se definir o serviço de referência, bastará apenas dizer o que ele faz. Atualmente, as incompreensões que ainda persistem, mesmo entre aqueles que deveriam saber mais, obrigam quem quer que venha a justificá-lo a tomar especial cuidado para deixar claro o que o serviço de referência não é.
Nunca é demais repetir que entre o bibliotecário de referência e o livro não existe qualquer conexão inevitável e eterna. A substância do serviço de referência é a INFORMAÇÃO e não determinado artefato físico. Outro equívoco ainda duradouro é que o serviço de referência limita-se a bibliotecas de referência. Para começar, a maioria das bibliotecas especializadas e muitas bibliotecas universitárias não possuem um departamento de referência separado.
O que confere ao serviço de referência status ímpar , em comparação, por exemplo, com a catalogação, o desenvolvimento de coleções ou a administração da biblioteca, é, em primeiro lugar, sua característica de envolver uma relação face a face, que o torna o mais humano dos serviços de biblioteca; e, em segundo lugar, a certeza antecipada de que o esforço despendido provavelmente não se desmanchará no ar, mas será aplicado à necessidade específica expressada por um usuário.
Fonte: Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC
Centro de Ciências da Educação – CED
Departamento de Ciência da Informação – CIN
Controle dos Registros do Conhecimento III – CIN 5432
Prof. Ursula Blattmann
Acadêmica: Kellyn Vieira
Semestre 2004-2.
0 comentários:
Postar um comentário