A gestão do conhecimento (G.C.) no âmbito da biblioteca universitária: renovar e inovar

domingo, 15 de junho de 2014
Andrêssa Vaz Torres da Silva

Nayla Kedma de Carvalho Santos

Ao observar a evolução dos modelos de gestão é possível afirmar que, grandes impactos sociais, econômicos e culturais ocorreram a partir da Revolução Industrial, que proporcionou as bases para as revoluções posteriores. Após esse contexto, surge a Informação visualizada como um produto, uma ferramenta capaz de desenvolver e propiciar lucros às organizações, ou seja, a explosão informacional e a evolução das tecnologias informacionais e de comunicação estimulou o aumento da produção e revolucionou a circulação do conhecimento.

Para Caiçara Júnior (2011) o uso da informação consiste na sua utilização estratégica a qual permite que a organização alcance vantagens competitivas em relação à concorrência e a possibilidade de gerar novos negócios. Assim, ao considerar essa diretriz é possível visualizar que a revolução informacional proporcionou espaço à Sociedade do Conhecimento a partir do momento que a geração do saber se deu a partir dos saberes já existentes. Desse modo, equivale ao Conhecimento a completude de informações, dados e relações.

Durante séculos recaíram sobre as bibliotecas visões equivocadas quanto a sua finalidade, com o decorrer dos tempos essas bibliotecas tiveram que se adaptarem as necessidades de seus usuários. No ambiente das bibliotecas universitárias se deu o mesmo processo de adequação.

Segundo Martins apud Carvalho (2000, p. 37) "para assumir a posição de provedoras do acesso à informação, as bibliotecas precisam rever seus processos, repensando a dimensão dos serviços e produtos desenvolvidos”, pois o usuário contemporâneo diferencia-se daquele de tempos distantes que iam à biblioteca somente em busca de livros para pesquisas acadêmicas. Assim, mediante significativas mudanças ocorridas, mostrou-se necessário a reestruturação de serviços oferecidos para adaptarem-se as novas tecnologias e melhor atender as exigências de seus usuários.

Hoje, o foco das unidades informacionais está nas informações, independentemente do suporte em que estejam registradas. Dessa forma, a biblioteca foi impulsionada a se tornar um ambiente dinâmico sempre renovando suas fontes de informações para melhor disponibiliza-la. Nesse contexto a Biblioteca Universitária apresenta-se como um setor dinâmico que visa como lucro à prestação de serviços e a utilização dos produtos em aspectos qualitativos e quantitativos. Tão logo, o grande diferencial do profissional da informação na sociedade contemporânea é o desenvolvimento de habilidades e ações junto ao ambiente em que está inserido. Para isso, é cabe ao indivíduo ou à organização na qual ele pertença, operar de forma aberta, com o compartilhamento de dúvidas e diagnosticando as demandas do ambiente que se pretende alcançar.

 Em virtude disso, novas perspectivas estão sendo alimentadas para uma prática administrativa de excelência e de um atendimento de qualidade ao usuário, seja na atuação, na inovação dos processos de trabalho, nas metodologias de treinamento e na gestão da informação.
                                                                                                     
REFERÊNCIAS
CAIÇARA JÚNIOR, Cícero. Sistemas integrados de gestão – ERP: uma abordagem gerencial. 4. ed. Curitiba: Ibpex, 2011.

MARTINS, Camila Quaresma.  Gestão do conhecimento para serviços de informação: análise de produtos e serviços inovadores em bibliotecas universitárias. Biblos, Rio grande do Sul, v. 26, n.1, p.9-30, jan./jun. 2012. Disponível em: < http://www.seer.furg.br/biblos/article/view/2515/2109>. Acesso em : 14 de março de 2014.


Andrêssa Vaz Torres da Silva é Esp. em tecnologia da informação e comunicação e Bibliotecária do Serviço Social da Indústria (SESI)

Nayla Kedma de Carvalho Santos é Esp. em Administração e Gestão do Conhecimento, Pós graduanda em Docência do Ensino Superior e Bibliotecária da Universidade Estadual do Piauí

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