Arquivo Público do Piauí pede socorro

sexta-feira, 17 de junho de 2011
Boa parte dos Arquivos Públicos de grandes capitais brasileiras já aderiu às novas tecnologias e já oferecem ao público seus acervos digitaliza-dos. São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, são exemplos de cidades que já utilizam o processo da digitalização de documentos históricos. O Arquivo Público do Piauí (Casa de Anísio Brito) amarga com a espera de um projeto, elaborado há mais de quatro anos, que prevê a digitalização do acervo e ainda melhorias na estrutura física do prédio.


Com 102 anos de existência, o Arquivo Público do Piauí tem em seu acervo, vários periódicos, fotografias e documentos do Governo. São documentos que datam dos séculos XVIII, XIV e XX e que diariamente são requisitados por vários pesquisadores. O projeto prevê recursos da ordem de R$434.268,07 para a compra de equipamentos, mobiliários, refrigeração do prédio, reforma na estrutura elétrica e hidráulica, pintura e ainda construção de um novo laboratório. O valor de R$ 172.500,00, também previsto no projeto, será destinado a digitalização e microfilmagem do acervo.


Sensibilizados e preocupados com a memória histórica do Estado, membros da Academia Piauiense de Letras e do Conselho Estadual de Cultura enviaram, no último dia 28 de maio, uma carta ao governador Wilson Martins, pedindo que a restauração e modernização da Casa Anísio Brito seja colocada entre as prioridades do seu programa de governo.Na carta os intelectuais sugerem como medida de conveniência estratégica, a vincu-lação do Arquivo Público à Governadoria, via Secretaria de Estado de Governo, por se tratar da mais importante fonte de geração de documentos oficiais e, em consequência, de alimentação do sistema de arquivos, responsável, que é pela edição do Diário Oficial.

"É fácil constatar que, por falta de apoio, a Casa Anísio Brito parou no tempo. Além de o prédio apresentar condições físicas temerárias, pondo em risco todo o acervo documental lá depositado, a Casa sequer experimentou, nos últimos anos, qualquer uma das modernas tecnologias aplicadas ao adequado tratamento técnico-científico de arquivos, com visíveis prejuízos para os estudiosos, pesquisadores e a própria cultura piauiense. Tal precariedade vem impedindo, por exemplo, o acesso às coleções de jornais antigos, pois embora tenham sido microfil-mados há mais de vinte anos, não dispõe de aparelhos em condições de possibilitar a leitura", diz um trecho da carta.

O Arquivo Público foi criado no Governo Anísio de Abreu pela Lei nº 533, de 8 de julho de 1909, com o objetivo de receber e conservar todos os documentos concernentes ao Piauí, de modo a preservar nossa memória política, legislativa, administrativa, histórica, geográfica, científica, literária e artística






1 comentários:

Raimundo soares disse...

Porque que o governo não esta nem aí para a cultura, olham só a realidade. A Casa possui 102 anos cadê o respeito com o nosso legado.

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