No conto "Biblioteca de Babel", Jorge Luis Borges usa a biblioteca como metáfora do universo e da realidade a ser decifrada. Umberto Eco pegou o fio da meada do escritor argentino para sugerir que se devolva a escala humana às catedrais dos livros. O ensaísta italiano teme o cenário apocalíptico em que o manuseio de um volume venha a ser substituído, por questões de economia e segurança, por algum dos muitos formatos digitalizados já em uso. Em algumas bibliotecas, o processo de localização física de uma obra já se tornou tão complexo que é preciso, quase, aprender a navegar por GPS, escreve Eco. A romaria da humanidade a bibliotecas arrefeceu consideravelmente, no mundo todo, com o advento da era digital - nos Estados Unidos, entre 1978 e 2004, a circulação de obras retiradas em bibliotecas caiu pela metade. Mas a liberdade de acesso público ao universo dos livros, iniciada nos tempos romanos em contraposição ao uso privado das bibliotecas da Grécia antiga, continua sendo uma das grandes conquistas da civilização. Eis alguns desses templos de leitura.
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