Livros produzidos por escola são cadastrados pela Biblioteca Nacional

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Uma vez por semana, os alunos de uma escola municipal da zona Leste de Teresina têm uma aula especial dedicada à leitura. Dentro da biblioteca, mais de oito mil livros são oferecidos aos estudantes, os infantis representam a maioria. O projeto de nome “Luneta” muda hoje a vida de 663 alunos. Os privilegiados por esse momento especial fazem parte da Escola Municipal Delfina Borralho, localizada no Parque Anita Ferraz.

Nos primeiros quinze minutos dentro da biblioteca a leitura é livre, depois é escolhido um tema para discussão, o que exige que os próximos livros devam ser selecionados de acordo com um assunto específico. Mas a aula não acaba por aí, numa espécie de púlpito uma citação é feita por um dos alunos presentes. Em ocasiões especiais, essa forma de desenvolver o prazer pela leitura termina com um teatro de bonecos, que sempre trabalha temas de interesse da sociedade, na aula da última sexta-feira, 08, os perigos da dengue foram mais uma vez lembrados pelos estudantes.

Tudo isso são algumas ações do projeto “Luneta” que surgiu em 1995, primeiro ano de funcionamento da Delfina Borralho. A responsável por iniciar esse trabalho é Luíza Amaro, pedagoga da escola e atual diretora adjunta. “No começo o projeto funcionava numa pequena caixa, os livros iam de sala em sala para que os alunos pudessem aproveitar o máximo possível. No ano de 2000 nossa escola ganhou uma biblioteca e fico arrepiada quando me lembro de toda essa evolução”, destaca a pedagoga.

O “Luneta” tem como objetivo principal conceber a leitura como uma prática prazerosa, atraente e participativa. Por meio das atividades ele sugere um trabalho interdisciplinar contemplando diversos conteúdos adequando-os a cada série. Livros de literatura infantil, fantoches, painéis, CDs, revistas, jornais, gibis, jogos educativos, máscaras, vídeos e textos, são alguns dos recursos utilizados pelo projeto.

Todos os alunos matriculados do 1° ao 8° ano do Ensino Fundamental são beneficiados. A cada dois anos os próprios alunos também são responsáveis por produzir um livro com assuntos diversificados, seis já foram publicados, cinco deles com o apoio da Secretaria Municipal de Educação, SEMEC. Os dois últimos de nome “Vamos ler e viajar” e “Leitura, um caminho novo a seguir” já são cadastrados pela Fundação Biblioteca Nacional.

“O gosto pela leitura deve ser estimulado na infância, para que o indivíduo aprenda desde pequeno que ler é importante e prazeroso. Assim, com certeza ele será um adulto culto, dinâmico e perspicaz. É papel da escola fornecer uma educação de qualidade incentivando a leitura, pois dessa forma a população se torna mais informada e crítica”, conclui a diretora Maria do Rosário da Silva.

Fonte: Portallaz

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