Pra começar um pouco de história... 12 de março de 1882, eis que nasce em Recife (PE) Manuel Bastos Tigre, olha ele ai:
Um homem de múltiplos talentos! Foi jornalista, poeta, compositor, teatrólogo, humorista, publicitário, além de engenheiro... Ufa! Mas entre tantas profissões uma despertou-lhe grande paixão, a de bibliotecário. Por volta de 1915 dedicou-se inteiramente aos livros e as bibliotecas. Bastos Tigre amava os livros e não podia viver sem eles.
Exerceu a profissão de bibliotecário por 40 anos e é considerado o primeiro bibliotecário por concurso, no Brasil. E é devido a ele e ao Decreto nº 84.631, de 2 de abril de 1980 que o Dia do Bibliotecário se dá a 12 de março, dia de seu nascimento:
Decreto nº 84.631, de 2 de abril de 1980
Institui a "Semana Nacional do Livro e da Biblioteca" e o "Dia do Bibliotecário
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição, RESOLVE:
Art 1º - Fica instituída a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, com início a 23 de outubro e término a 29 do mesmo mês, data esta consagrada como o "Dia Nacional do Livro", pela Lei 5.191, de 18 de dezembro de 1966.
Art 2º - Os festejos e comemorações, de caráter cultural e popular, deverão ser levados a efeito em todo o território nacional.
Art 3º - Ao Ministério da Educação e Cultura, através do Instituto Nacional do Livro, caberá a coordenação dessas comemorações, com a colaboração da Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários e demais entidades e expressões da vida nacional, vinculadas ao livro e às bibliotecas.
Art 4º - Fica instituído o Dia do Bibliotecário, a ser comemorado em todo o território nacional a 12 de março, data do nascimento do bibliotecário, escritor e poeta Manuel Bastos Tigre.
Art 5º - Ficam revogados os Decretos nº 884, de 10/4/1962 e 61.527, de 13/10/1967 e demais disposições em contrário.
Art 6º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação. ...
Manuel Bastos Tigre assim definia os livros:
“Veículo de idéias, que trouxe o passado até o presente, levará o presente ao infinito dos tempos.”
Essa definição de Manuel Bastos Tigre revela seu grande entusiasmo e confiança na força dos livros e da profissão, era bibliotecário por amor... E nós? O que somos hoje? Ou melhor, como nos vemos? Acho que a resposta a estes questionamentos representa muito de nosso reconhecimento social, se sou e me vejo como bibliotecário, certamente serei reconhecido como tal. Pensemos nisso!
E neste dia temos mais um motivo para comemorar. São 50 anos da Lei nº 4.084/1962 (http://www.infolegis.com.br/legisprof.htm#lei4084), que regulamentou a nossa profissão, onde nos firmamos como classe e passamos a defender um ideal: disseminar informação! Olha a responsa!
Antes disso os “bibliotecários” eram apenas aqueles que estavam na biblioteca por algum motivo, agora temos curso superior, podemos ser especialistas, mestres, doutores, temos leis que regulamentam a nossa profissão, temos direitos e deveres... Foram certamente muitas conquistas nestes 50 anos! Mas sabemos que nem tudo são flores, cada curso de biblioteconomia, cada estudante, cada profissional bibliotecário espalhados por todo este país sabe da sua dificuldade. Mas hoje não quero falar do que nos aflige. Problemas? Cada um tem o seu!
Vamos falar do que nos motiva! O que muito me alegra neste momento é ver as novas “caras” da biblioteconomia, seus novos filhos que estão chegando e abraçando de forma tão carinhosa a profissão (falo de maneira especial das turmas de biblioteconomia que ingressaram recentemente na UESPI). É tão bom ver que esta defesa do bibliotecário feita há tempos atrás por Manuel Bastos Tigre ainda continua, que a nossa “lamparina do saber” ainda está acesa.
A biblioteconomia precisa disto, de filhos que a defendam e não de filhos ingratos que a diminuam, que tirem o seu brilho! E neste dia 12 de março é só isto que proponho aos que já estão e aos que estão chegando... Se não amor, mas RESPEITO à profissão, a todos os que já lutaram para estar onde estamos. Não deixemos que nossa lamparina se apague. Pensemos nisto também.
Lembrei-me agora de uma frase que ouvi certa vez do meu colega de turma Daniel Aires:
“Sou BIBLIOTECÁRIO e em caixa alta!”
Achei bem bacana e original, acho que agente precisa se valorizar um pouco mais, mostrar firmeza e não se diminuir diante de outras classes. Cada profissão tem o seu valor!
Achei linda também esta frase de Inajá Martins de Almeida (Eu adoro essas frases de efeito gente!):
“Entre livros nasci. Entre livros me criei. Entre livros me formei. Entre livros me tornei. Enquanto lia o livro, lia-me, a mim, o livro. Hoje não há como separar: O livro sou eu."
PARABÉNS A TODOS OS BIBLIOTECÁRIOS!!!
FONTES:
Ana Paula Lopes
1 comentários:
Ponto pra você!
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