4º Seminário Sobre Informação na Internet!

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

   A necessidade de preservar documentos e publicações na era digital, marcada pela velocidade e grande volume de informações, como legado às futuras gerações. Essa preocupação, normalmente compartilhada por profissionais de Tecnologia da Informação e de Biblioteconomia, esteve presente nos debates do último painel do 4º Seminário sobre Informação na Internet, encerrado nesta quarta-feira (21), no Parlamundi, em Brasília. O evento foi realizado pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O representante da Revelar Brasil agência de fotografia, que comercializa fotojornalismo, imagens históricas, ensaios documentais e trabalhos virtuais o painelista Aparecido Marcondes, chamou a atenção para a importância das tecnologias utilizadas para preservação digital, mediante o uso de novas linguagens, suportes e plataformas experimentais. Somos consumidores digitais, cada nicho vai ter que se adaptar de acordo com a sociedade. Temos de criar um ponto de intersecção entre o velho e o novo, comentou.

   Como exemplo, ele citou o surgimento da figura do diretor digital nas grandes empresas, cargo geralmente ocupado por pessoas muito jovens e com grande interação com redes sociais. Eles buscam parceiros consolidados e respeitados no mercado para se associarem. Isso é um ponto de intersecção; o novo e o velho não vivem um sem o outro, reforçou.

   O representante da empresa Keep Solutions (de Portugal) que atua no desenvolvimento de soluções avançadas na área de gestão da informação e preservação digital Miguel Ferreira mencionou o projeto europeu Scape, voltado à preservação de grandes coleções de dados. Ele também abordou a questão dos dispositivos e formatos que serão utilizados no futuro para acessar os arquivos existentes hoje.

   Na avaliação da diretora executiva da Stanford University, dos Estados Unidos, a bibliotecária Victoria Reich responsável pelo programa Lockss voltado à manutenção de arquivos de universidades a tecnologia digital precisa manter a história e o conhecimento, dando continuidade ao papel exercido, por muitos anos, pelas bibliotecas tradicionais. Elas eram donas do conhecimento e recebiam cópia do que era importante para sua comunidade, lembrou.

  Para Victoria, com a economia dos recursos investidos em preservação digital, será possível evitar cortes em momentos de crise financeira além de preservar a versão original de documentos e evitar falhas, como a perda de conteúdos digitais. Muitos conteúdos significativos estão sendo centralizados por organismos importantes. É preciso descentralizar e distribuir esse controle, propôs.

  O mediador do painel, Miguel Arellano, coordenador do projeto de Preservação Digital do Ibict, comentou que o processo de preservação digital no país é relativamente recente. No Brasil estamos, há dez anos, digitalizando, comentou ao ressaltar a deficiência em relação à formação dos gestores digitais e bibliotecários.

Eventos simultâneos

   A discussão sobre a preservaçao digital foi um dos 14 painéis do encontro promovido pelo Ibict, de segunda (19) a quarta (21), que integrou três eventos nos três dias de atividades: o 4º Seminário sobre Informação na Internet, o III Congresso Ibero-americano de Gestão do Conhecimento e Inteligência Competitiva (GECIC) e o 10º Workshop Brasileiro de Inteligência Competitiva e Gestão do Conhecimento.

   Segundo a organização, um público especializado de mais de 500 pessoas entre pesquisadores, estudantes e representantes de empresas e de órgãos públicos acompanhou os trabalhos e as palestras. Cerca de 1,5 mil acessos foram feitos ao portal do evento neste  período.

Banda larga

   Na cerimônia de encerramento, o diretor do Ibict, Emir Suaiden, afirmou que a iniciativa permitiu a aproximação entre empresas e governo no debate sobre o tema,  em assuntos diversos, em especial, sobre as deficiências da banda larga no Brasil, como foi destacado no primeiro painel, mediado pelo secretário de Política de Informática do MCTI, Virgilio Almeida.  Não é só governo. É preciso compartilhar isso com a iniciativa privada, disse. Para Suaiden, o evento também foi a oportunidade para troca de experiências entre especialistas do Brasil e de outros países. Vamos adotar as melhores práticas e nos esforçar para que a quinta edição do seminário seja melhor do que a quarta, concluiu.ermitiu a aproximação entre empresas e governo no debate sobre o tema,  em assuntos diversos, em especial, sobre as deficiências da banda larga no Brasil, como foi destacado no primeiro painel, mediado pelo secretário de Política de Informática do MCTI, Virgilio Almeida.  Não é só governo. É preciso compartilhar isso com a iniciativa privada, disse. Para Suaiden, o evento também foi a oportunidade para troca de experiências entre especialistas do Brasil e de outros países. Vamos adotar as melhores práticas e nos esforçar para que a quinta edição do seminário seja melhor do que a quarta, concluiu.

Fonte: (original)  Denise Coelho Ascom do MCTI

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