O desaparecimento dos dois exemplares inaugurais de "O Tico-Tico'', publicados em 1905, está sendo investigado pela Polícia Federal.
A informação, revelada hoje pelo jornal "O Globo'', foi confirmada pela assessoria de imprensa da Fundação Biblioteca Nacional. De acordo com o órgão, o crime, ocorrido em maio de 2010, não foi divulgado por orientação da própria polícia.
A reportagem não conseguiu contato com a Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, responsável pela investigação.
A revista circulou semanalmente entre 1905 e 1957, quando passou a ter edições especiais até 1977. A publicação apresentou para as crianças no Brasil personagens como Mickey Mouse, Popeye e Gato Félix.
Entre os leitores mirins estava o então garoto Carlos Drummond de Andrade, que escreveu sobre a importância da revista no aniversário de 50 anos do "O Tico-Tico''.
O presidente da Biblioteca Nacional à época do furto, Muniz Sodré, afirmou que o suspeito do crime foi preso, apesar de as revistas ainda não terem sido localizadas.
Trata-se de Leonardo Jorge da Silva, que foi detido por outro caso: ele mantinha em casa a tela "Enterro'', de Cândido Portinari, furtada do Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco.
Segundo "O Globo'', a investigação ainda não foi concluída. A Folha de S.Paulo não localizou os advogados do acusado.
Segundo Sodré, o suspeito foi identificado pelas câmeras instaladas na biblioteca.
O reforço na segurança na instituição começou em 2005, depois da descoberta do furto de 991 fotografias. Até hoje, apenas 101 foram recuperadas. O caso gerou multa do TCU (Tribunal de Contas da União) de R$ 36 mil contra a direção da Biblioteca Nacional.
Fonte: Agência Folha
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