
A Biblioteca Mário de Andrade será reaberta integralmente à população de São Paulo em 25 de janeiro, aniversário da cidade, com muito motivo para festa.
Os acervos geral, de artes e de obras raras voltam a estar disponíveis para consulta e pesquisa. O prédio, joia do art déco paulistano, foi reformado e modernizado e artefatos originais, restaurados.
De volta à sede após anos em diferentes endereços, a seção circulante (para empréstimo de livros), reaberta em julho passado, voltou a atrair leitores. E um edifício vizinho, incorporado à instituição, é reformado para receber o acervo de periódicos.
Mas faltou algo crucial ao pacote concebido originalmente, em 2007, que tinha a biblioteca localizada na esquina da avenida São Luís com a rua da Consolação como referência para a reocupação pública do centro.
Debatida com a sociedade num ciclo de conferências organizado pelo então diretor da biblioteca, Luiz Francisco de Carvalho Filho, em parceria com a Escola da Cidade, a integração da Mário de Andrade ao seu entorno foi um dos pilares do projeto criado pelo premiado escritório de arquitetura Piratininga.
O plano previa uma área externa ligando a biblioteca à praça Dom José Gaspar, nos fundos, a eliminação das grades que rodeiam o prédio e a instalação de um espelho d'água, que manteria o visitante afastado do edifício sem precisar cercá-lo.
PREMISSA
"Seria uma área de extroversão da biblioteca, algo que nos foi colocado [pela prefeitura] como uma premissa, assim como a eliminação das grades. Serviria para programas de leitura na praça, para shows, poderia ter espreguiçadeiras para ler, tinha potencial para um monte de coisas. É algo de que a biblioteca vai sentir falta", diz Renata Semin, arquiteta-sócia do Piratininga e coautora do projeto, ao lado de José Armênio de Brito Cruz.
FINANCIAMENTO
A reforma custou R$ 16,3 milhões e teve financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), com contrapartida da prefeitura de São Paulo, via secretaria de Cultura.
Mais R$ 500,9 mil foram gastos na revitalização da praça Dom José Gaspar, onde os mendigos convivem com estátuas de escritores, como Dante e Goethe, e um busto de Mário de Andrade.
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