Consumismo Informacional

   Hoje estamos frente a uma verdadeira “avalanche” informacional, na qual a velocidade da informação está presente na vida das pessoas mais do que se possa imaginar e esta chega através dos mais variados meios como sites, blogs, e mais recentemente as redes sociais.


    Há um crescente interesse em tomar conhecimento sobre os fatos que acontecem no mundo. Para obter essas informações, as pessoas utilizam qualquer tipo de meio para manter-se atualizadas. Diante dessa procura assídua por notícias é preciso observar sobre que tipo de informação é realmente importante e ficar atento se a fonte que transmitiu tais informações é realmente confiável. Um simples boato torna-se o centro das atenções e com a mesma velocidade que ele surge, também é descartado.

Existem outros tipos de suporte de informação como vídeos, fotos, gravações de áudio que, sem nenhum aviso prévio, estará circulando mundialmente e dificilmente podem ser retirados, pois, uma vez introduzido na rede mundial, não há como controlar os acessos assim como cópias do conteúdo ocasionalmente aparecer em um local diferente.

Tudo está sujeito à rapidez das informações. Fatos que antes nem seriam de conhecimento coletivo, são mostrados com total relevância pelas mídias. Pessoas famosas têm suas vidas expostas em situações cotidianas, ou pessoas ditas comuns que diante de algum acontecimento, na maioria das vezes de forma trágica, são explorados abertamente. 


   O interesse por notícias desse tipo cresce assustadoramente no inconsciente da população e serve como um alerta para realidade a que estamos. Tragédias, acidentes são mostrados com riqueza de detalhes para melhor apuração.

Um caso de grande repercussão foi o resgate de 33 mineiros no Chile que, ficaram presos após o desabamento de uma mina, passando meses confinados. Esse episódio comoveu o mundo terminando com a sobrevivência de todos os que estavam na mina, foi acompanhado por milhares de pessoas sendo destaque internacional. Logo após o resgate, suas vidas foram vasculhadas e amplamente noticiadas em vários meios de comunicação.

   Outro caso significativo relacionado ao WikiLeaks. Um site não-governamental, criado em 2007 que tem por finalidade publicar em seus posts arquivos, documentos, fotos e informações confidenciais de governos ou empresas. Os fundadores do site formado por jornalistas, dissidentes chineses, matemáticos e intelectuais que preferem manter o anonimato. Especula-se que os informantes do site que repassam essas informações podem ser os próprios funcionários do governo ou da empresa. O sigilo é garantido para não serem rastreados posteriormente. Recentemente o site foi responsável por divulgar segredos da diplomacia americana causando abalos nas relações diplomáticas entre Estados Unidos e países aliados. A revista Time Magazine mencionou o site como uma forma de se chegar à liberdade da informação, numa difusão universal dos documentos.

   Isso demonstra a vulnerabilidade das informações publicadas. Estados autoritários estão cientes do poder e da influência que a informação exerce sobre a população, chegando a censurar qualquer meio que seja uma “ameaça” para sua soberania e como forma de controle das informações, limitam o seu acesso, para não serem denunciados por seus abusos de poder.

Diante desses aspectos, vale ressaltar que o filtro das informações é a própria pessoa que irá selecionar o que é ou não é relevante para sua vida, de acordo com seus interesses. Tomando conhecimento sobre fatos que são ocultados da população certificando-se da veracidade da informação. O certo é que a informação é poder, por isso é preciso manipulá-la de forma consciente.

Lorena Ferreira Ramos

Estudante do 5º Período de Biblioteconomia