Toda terça-feira o grupo Biblioencanta formado por alunos, professores e técnicos administrativos, se reúnem no curso de Biblioteconomia com uma missão: difundir a leitura. Eles criam dinâmicas, peças teatrais com personagens literários e muitas vezes passam a noite pensando em formas criativas para transformar as bibliotecas em fontes de imaginação. O grupo faz parte do Projeto de Extensão Incentivo à leitura por meio da hora do Conto, em seu primeiro ano de atuação.
O grupo já atende a três instituições: o Lar das Meninas, Localizado na Gruta de Lourdes, o Instituto de Estudos Herculano Pires, situado no Alto do Céu, e a Escola do Sesi, no Cambona, onde 18 turmas do primeiro ao sexto ano recebem visitas dos 13 voluntários para a contação de histórias, além de atender a convites para apresentação em diferentes locais. “Há dinâmica de música e brincadeiras, sempre levando as crianças a se interessarem pela leitura , fazendo com que elas criem o hábito de tomar emprestado os livros das bibliotecas dessas instituições”, relata Adriana Lourenço, coordenadora do projeto.
A professora comemora os bons resultados, ao falar que no Instituto Herculano Pires, as crianças já criaram o costume de pegar livros semanais para casa, mas complementa que nas comunidades com carência de leitura, o desincentivo é maior que o incentivo.
“As crianças são desestimuladas a leitura por desconhecer a existência das bibliotecas. Outras vezes as próprias escolas não fazem empréstimos dos seus livros para conservá-los, o que acarreta um desinteresse durante a formação das crianças. É necessário um trabalho de conscientização tanto das crianças, quanto dos educadores”, esclarece Adriana.
Pesquisa e extensão
Os voluntários do grupo Biblioencanta se reúnem, todas as terças-feiras para ensaiar as atividades lúdicas, que são realizadas uma vez por mês nas instituições. Esse trabalho é produzido sobre a orientação teórica de estudiosos do tema, já que o projeto nasceu do Grupo de Pesquisa Leitura, Biblioteca Escolar e Cidadania, que acredita no papel da leitura como agente de transformação social.
Pensando em diminuir os efeitos de estatísticas do relatório da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, que aponta o número decrescente de leitores brasileiros, o projeto visa contribuir para uma mudança do atual perfil de leitores do Brasil, mais especificamente de crianças em risco social atendidas por instituições da cidade de Maceió.
Adriana acrescenta que a contação de histórias foi uma das formas encontradas para superar essa realidade “entendendo que quanto mais cedo histórias orais e escritas entrarem na vida da criança, maiores a chance dela gostar de ler, vê-se a importância do incentivo à leitura para a formação de leitores e cidadãos”, defende a coordenadora.
Fonte: UFAL
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