SÉRIE OS BIBLIOTECÁRIOS

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012


                                                                   Dois motivos me levaram a escrever sobre os tipos de bibliotecários, seus campos de atuação. Primeiro pelo meu compromisso com o blog, como editora (tava meio ausente...) e segundo pela a necessidade de ler o livro: BIBLIOTECÁRIOS ESPECIALISTAS: GUIA DE ESPECIALIDADES E RECURSOS INFORMACIONAIS de Fabiano Couto Corrêa da Silva que está na minha lista de leitura a ser feita e que por falta de tempo agente nunca consegue deixar em dia! Isso é fato. Unindo o útil ao agradável, à medida que vou lendo postarei aqui no blog as informações captadas do livro, dividindo com vocês, coisa simples mesmo!


   E o primeiro a “cair na boca do povo” é o Bibliotecário Jurídico.
Montesquieu citado no livro diz que “a liberdade é o direito de fazer tudo aquilo que as leis permitem.” Sábia frase por que em nossa sociedade realmente “somos livres” para fazermos aquilo que nos permitem fazer. (Essa é minha!).

   Bom, mas onde anda o bibliotecário jurídico em toda a sua liberdade: trabalhando nos “Ts” (Tribunais) da vida! Mas não apenas nos Tribunais, trabalham também em escritórios de advocacia, órgãos governamentais, Senado, câmaras, Ministérios... Ô vida boa! Em parte, apesar da recompensa financeira, que é muito boa, a área jurídica é a mais bem remunerada ao bibliotecário, o que desperta o interesse muito grande dos estudantes.  Por outro lado, a responsabilidade, a cobrança é muito grande, acredito que maior que outras áreas (digo isso pela experiência que tenho como estagiária numa biblioteca jurídica),  percebo que é uma área onde o reconhecimento do profissional bibliotecário, de sua atuação, é muito forte. Eles sabem para que agente serve e cobram por isso!

   Todo mundo sabe que para trabalhar em bibliotecas jurídicas é preciso manjar um pouco sobre Direito. Afinal os três poderes: legislativos, executivos e judiciários produzem uma quantidade absurda de informação. São leis, decretos, resoluções, emendas, súmulas, acórdãos, enfim uma infinidade de documentos que o bibliotecário precisa saber diferenciar para organizá-los de forma eficiente, facilitando a pesquisa e utilização pelos profissionais da área jurídica. Este é o papel do bibliotecário jurídico, como coloca Fabiano Couto.

   É um grande desafio! É claro que não é preciso saber tudo sobre Direito, mas é preciso saber onde encontrar tudo sobre Direito. Esse é o grande diferencial, conhecer as fontes de pesquisa que na área jurídicas são diversas, principalmente com a nossa amiga internet. São varias as fontes de pesquisa: as bases dos próprios órgãos, suas produções como a RVBI (Rede Virtual de Bibliotecas) coordenada pela Biblioteca do Senado Federa, BDjur (Biblioteca Digital Jurídica) Infolegis...

   Conhecer a instituição em que trabalha seus objetivos, o que faz, seu papel dentro da instituição é sem duvida essencial para o desenvolvimento do trabalho dentro de uma biblioteca jurídica, para que não se ofereça o desnecessário e nem deixe de lado informações importantes. 
   Atualização é uma palavra que deve fazer parte do vocabulário do bibliotecário jurídico, sempre buscar cursos na área, se especializar e também no sentido de buscar informações cada vez mais atualizadas. Ofereça um livro publicado no ano de 2010 para um usuário dessas bibliotecas, eles vão achar antigo! 

   Dependendo do caso é claro. E falando em usuários, nas bibliotecas jurídicas agente se depara principalmente com juízes, desembargadores, legisladores, servidores da instituição, advogados, professores e alunos de direito. 

   Finalizando o autor coloca algumas competências básicas para esse profissional elaborado pela AALL (Associação Americana de Bibliotecas Jurídicas) das quais destaquei algumas:

* Compromisso com a excelência do serviço ao usuário;
* Demonstrar conhecimento do sistema legal e da profissão;
* Entender o contexto sócio-econômico e político que embasa o sistema legal existente;
* Atuar dentro da organização com o objetivo de implementar os princípios do conhecimento administrativo;
* Dispor de habilidades de comunicação e ser capaz de promover a biblioteca;
* Perseguir ativamente o desenvolvimento pessoal e profissional pela educação continuada.

   É necessária também uma grande capacidade de gerenciamento, estar atento a tudo que acontece na instituição, ser concreto em suas atitudes e decisões, ativo, curioso e muitas outras qualidades que devem apresentar-se em outros tipos de bibliotecários, certamente... Há não se pode esquecer também do conhecimento técnico que é a base de um bom trabalho. Enfim não dá pra cair de pára-quedas nesta área, é preciso se preparar.

REFERÊNCIA
SILVA, Fabiano Couto Corrêa da. Bibliotecário jurídico. In: Bibliotecários Especialistas: guia de especialidades e recursos informacionais. Brasília: Thesaurus, 2005. p. 23-27.
 Ana Paula Lopes

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