Bibliotecário seleciona a informação para atender ao público

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Imagem do profissional mudou muito com a tecnologia.
Profissão é dinâmica e exige curiosidade e vontade de estar perto do usuário.

Há ainda quem associe o bibliotecário àquele profissional da escola que se preocupava com o estado de conservação dos livros e que fazia “psiu”, pedindo silêncio, muitas vezes de maneira rabugenta. Mas, de uns anos pra cá, a profissão mudou muito, principalmente com o desenvolvimento da tecnologia. Os bacharéis em biblioteconomia ocuparam novos postos, além das tradicionais bibliotecas, e dinamizaram o trabalho. Tudo para que a informação chegue a quem procura. 

“O bibliotecário trabalha em duas pontas: no preparo da informação e nas formas de recuperá-la, para facilitar a localização”, explica Nêmora Arlindo Rodrigues, presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia.

Ouvindo assim, parece simples, mas o bibliotecário aprende durante a graduação diversas técnicas para catalogar e organizar obras e documentos; estuda formas de desenvolver bancos de dados informatizados e aprende a decidir o que é melhor em cada caso.

“O profissional trabalha com mediação de informação. Tem de ter jeito para lidar com outras pessoas. Precisa adequar a informação que organizou, buscou, e levar para a outra pessoa”, afirma a coordenadora do curso de biblioteconomia da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Helen de Castro Silva Casarin.

Profissionais
No Brasil, existem 37 cursos de biblioteconomia, segundo dados de 2005 do Ministério da Educação (MEC). Também existem cinco cursos de ciência da informação, muito semelhantes aos de biblioteconomia, e nove de arquivologia, que se destinam a formar profissionais para trabalhar em arquivos.

As três formações são afins, com algumas diferenças entre si. A principal diferença é que apenas o profissional formado em biblioteconomia pode obter registro no Conselho Regional de Biblioteconomia (CRB).

“A biblioteconomia está passando por um processo de transformação. Algumas escolas mudaram o nome para cientista da informação, acompanhando as novas tecnologias. É necessário trabalhar o mercado para absorver essa mão-de-obra” diz a presidente do Sindicato dos Bibliotecários no Estado de São Paulo, Vera Stefanov.


Perfil
No curso, além de matérias técnicas sobre catalogação, organização, desenvolvimento de bancos de dados, métodos de pesquisa, os estudantes também têm uma carga de aulas de matérias sobre cultura geral. E para se aproximar da realidade, é necessário realizar estágio.

“Costumamos dizer que o aluno que quer fazer biblioteconomia tem de gostar, antes de tudo, da pesquisa. Precisa encontrar uma informação, onde quer que esteja. É necessário uma grande curiosidade”, afirma Tarcisio Zandonade, professor do curso de biblioteconomia da Universidade de Brasília (UnB).

G1

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