As Escolas e as Bibliotecas, por Angely Costa, Bibliotecária Piauiense.

quarta-feira, 14 de julho de 2010
Sem dúvida alguma, a ideia de que toda escola deve ter sua própria biblioteca não é nova realmente. Na verdade é um desejo que se acalenta há tempos num país que ainda enfrenta o desafio do analfabetismo, os baixos índices de leitura e a tímida participação dos brasileiros em jornadas educativas, que eventualmente meçam o grau de conhecimento do educando. E nesse contexto, a assinatura da lei que determina que as escolas deverão ter sua biblioteca representa, sim, um grande avanço para a educação do país.

E considerando que, historicamente a educação dos brasileiros nunca foi prioridade, de verdade, para além dos discursos, então cada pequena vitória deve ser bastante celebrada, como a assinatura desta lei, ou como os avanços conquistados nos últimos tempos e que pouco a pouco vem transformando a educação no país, principalmente no que se refere à questão financeira escolar, pois hoje as escolas públicas recebem diretamente recursos financeiros e tem a responsabilidade de administrá-los. Assim, quando o assunto é educação, hoje, o principal problema não é mais a falta de dinheiro, mas talvez o incorreto gerenciamento deste.

O fato é que se vive um momento privilegiado para a instalação de bibliotecas escolares, assim como ter bibliotecários em sua administração, que é o profissional habilitado para esta função. Até bem pouco tempo atrás, inclusive, o Piauí seria barrado nesse quesito, pois o curso que forma o profissional em biblioteconomia surgiu somente em 2003 no estado, quando todo o país já o tinha, ou seja, mais uma adequação necessária para que as ações de formação e organização de bibliotecas realmente se efetivem. (...)

 Assim, na realidade não se pode esperar que sejam construídas 25 bibliotecas por dia até 2020, mas um previsão  é certa: é possível que os atores envolvidos no processo, governante, secretarias de educação, diretores de escolas, educadores, bibliotecários, associações comunitárias e outros arregacem as mangas e façam com que a lei saia do papel e se transforme em realidade dentro das condições locais e nos mais distantes e carentes municípios brasileiro.
fonte: Jornal Meionorte.(1/07/2010) pag. A-2.

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