A comunicação científica na construção do conhecimento!
A essência e conceito de conhecimento sempre foram e ainda são muito discutidos quando refletimos acerca da ciência e formação do conhecimento científico. Quando se forma o conhecimento e como este se torna científico e passa a ser reconhecido no contexto acadêmico e social são questões muito complexas que os filósofos há muito tempo divergiam.
De um lado a visão racionalista que traz o pensamento humano como a base para a formação do conhecimento. Para esses só há conhecimento quando o homem percebe e pensa determinado objeto, o objeto é apenas uma constituição desse pensamento. Para outros, aqui se fala dos empiristas e positivistas, a experiência é a única forma de se conhecer algo, não se pode pensar sobre aquilo que não se teve algum contato prévio, não somos capazes de fazer essas conexões necessárias ao entendimento (HUME, 1999). Para esta corrente “o espírito humano está vazio de conteúdos, é uma tabula rasa, uma folha em branco sobre a qual a experiência irá escrever” (HESSEN, 2000, p. 55, grifo do autor).
Para Hessen (2000) o conhecimento parte de uma consciência cognoscente do sujeito para com seu objeto, onde ambos se relacionam num processo de aprendizado. Não é apenas o objeto, nem tão somente o homem a fonte de todo conhecimento, para o autor mesmo nas pequenas ideias já está contido um pensamento, desta forma, tanto o pensar como a experiência são importantes para a construção do conhecimento. Nesta concepção, pode-se dizer que a todo o momento produzimos ou nos deparamos com fontes de conhecimento que será concretizado pelo processo de comunicação e uso das mesmas.
Hoje se compreende o conhecimento, em sentido mais técnico, como a apreensão de informações ao ponto de possibilitar a capacidade de correlações de determinados conceitos para uma aplicação futura. Burke (2003, p. 19) traz de forma simples e lúdica a noção de conhecimento distinguindo-o da informação, para ele a informação diz respeito ao que é “relativamente ‘cru’, específico e prático, e conhecimento para denotar o que foi ‘cozido’, processado ou sistematizado pelo pensamento”.